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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O MEDO DURANTE A INFÂNCIA




O medo é uma sensação desagradável que toda criança desenvolve em diferentes faixas etárias, pois seu grau muda conforme a idade, é uma reação natural, uma defesa que ela encontra para ter noção do perigo e sentir até onde pode chegar. A maioria dos medos desenvolvidos é aprendida com pais, amigos, parentes ou através das programações televisivas.

O medo pode surgir perante uma situação real ou imaginária. É comum crianças entre 5 á 6 anos apresentarem medo de morrer, de monstros, de escuro, etc. Há entre as crianças uma fraca tendência em adotar os medos de seus pais particularmente de cães, insetos, trovões e vários outros, por identificação ou por ver os pais manifestando este tipo de medo.

Vale lembrar que é a postura dos pais ou de quem convive com a criança, que vai acentuar ou diminuir o medo que ela apresenta.

É comum ter crianças com problemas de atenção e concentração nas escolas, a instituição escolar é como se fosse uma pequena sociedade dotada de todas às variações possíveis. Sua dispersão pode ser causada por fatores interno ou externo, varia muito e está vinculada á situação que envolve a criança, podendo ser de ordem física, emocional ou ambiental.

Tem pais que com a intenção de proteger seus filhos costumam dizer aos pequeninos - “Cuidado, na escola tem aqueles alunos grandes que adoram bater em criancinhas, fiquem longe deles”. Estas atitudes assustam as crianças, elas desenvolvem um medo generalizado dos alunos maiores e chegam a fantasiar. No ano passado tinha um aluno em nossa escola que morria de medo do recreio, nos primeiros dias de aula ela passava o recreio todo de mãos dadas comigo, chegava em casa e dizia a mãe que um menino grande havia batido nele. No dia seguinte a mãe estava lá para saber o que ocorreu conversado com ela e esclarecendo a situação é que fomos descobri o porquê do medo, ela assediava a fantasia do menino.

Há medos que é de fatores internos, podem ser em ralação a cobrança que a professora faz ao aluno, as ameaças que recebem de outros alunos maus intencionados, as brincadeiras sem fundamentos que aprendem nos programas de TV. Quando passava um determinado programa num canal de TV, os alunos maiores começaram a reproduzir o que assistiam na escola a fim de assustar os menores. Diziam que no banheiro havia uma tal de Maria Sangrenta, para ela aparecer era só dar três chutes no vaso, puxar a descarga e gritar, Maria Sangrenta... Teve muitas crianças com medo de irem ao banheiro sozinhas. Logo descobrimos em uma reunião de diretoras que esta brincadeira era geral no município e decorrente de uma novela. Para desfazer esta fantasia não foi fácil, os alunos da primeira e segunda série achavam que realmente ela aparecia no banheiro.

A televisão e seus programas é um meio de grande influência no desenvolvimento do medo. Alguns pais não prestam atenção nos programas assistidos pelos filhos e não entende o porquê de tanto medo. Quando a criança esta vendo a TV sozinha não há mediação do adulto no esclarecimento do que é real ou imaginário, ela vai absorver tudo o que vê, violência, bruxaria, monstros e tudo mais e pior bem próximo a ela como se fosse real. Já é comum a criança sentir medo com uma mediação, pior sem ela. Na TV tudo parece real, por mais que os pais tentem provar o contrário as imagens assistidas não se apagam facilmente, a criança ficará em duvida por alguns dias. O ideal é que os pais criem um mecanismo de uso da TV, ela contribui e muito no desenvolvimento do medo e fobias.

O medo pode ser temporário, desaparece espontaneamente cerca de um ou dois anos após sua manifestação. Certa dose de medo é funcional, contribui como um mecanismo de defesa ajuda a preservar a integridade física e psicológica da criança.

O medo exagerado precisa ser tratado, ele afeta o emocional e o espiritual. No que diz respeito ao espiritual, o inimigo é oportunista e aproveita-se das situações, para lançar seus dardos, oprimindo, escravizado e perturbando o relacionamento familiar. Nesses casos é aconselhável que os pais orem pelos mesmos e os ensinem a orarem e a confiarem em Deus.

Uma vez detectando que a criança evidencia o medo, é necessário que os pais tomem algumas providencias, objetivando ajudá-la a vencer das seguintes formas:

-Ter cuidado no sentido de não menos prezar a emoção da criança dizendo: “isso não é nada, logo vai passar”;

-Se o medo está relacionado ao escuro, procure explorar o ambiente, mostrando a mesma que nem sempre o escuro e perigoso;

-Se o medo é de animal, inseto, trovões, relâmpagos, chuvas fortes e etc., procurem tranqüilizá-la fazendo alguns questionamentos, tais como: todo animal é perigos? Toda tempestade causam danos? Porque existe tempestade? É necessário orientar a criança quanto aos cuidados que se deve ter em relação ao medo decorrente. Convém lembrar que não costumamos ter medo do que conhecemos.

Ao impor limite a criança, evite por medo usando as velhas frases: a polícia vai te pegar, o velho do saco vem aí, o médico vai te dar uma injeção etc. existe várias maneiras de se educar, não é necessário utilizar-se de meios amedrontadores.

Os pais devem proporcionar segurança e confiança através do diálogo dando abertura aos mesmos, objetivando oportunidade, no sentido de que eles expressem suas angustias e preocupações.

As cantigas de ninar são hereditárias, muitas mães cantam porque suas mães cantavam. Elas expressam as crendices populares. Acredita-se que os pais vinculavam às lendas as cantigas como meio de fazê-las adormecerem de forma mais rápida. Enquanto a criança não sabe quem é o Boi da cara preta, quem é a Cuca ou o Bicho papão elas não sentem medo e chegam a adormecer ao embalo destas cantigas.

Não e aconselhável os cristãos cantarem este tipo de canções, elas expressam seres sombrios e ameaçadores. Mesmo que seu bebê não saiba o que você esta cantando evite-as, elas determinam ações pavorosas. Seja uma mãe sábia.

Professora Raquel Alves da Silva Almeida

Psicopedagoga





Sobre Pastor Ival Teodoro da Silva

Presidente da AD em São José dos Pinhais e da Convenção das AD no Paraná, Psicopedagogo, Teólogo, Conferencista Internacional é casado com a Prof.ª Aparecida Alves da Silva.

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