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quinta-feira, 25 de junho de 2009

QUEBRANTAMENTO E INTIMIDADE COM DEUS



1. Quebrantamento é uma Atitude de Permanente.


O quebrantamento é uma atitude de permanente concordância com Deus, sua palavra e sua vontade. É mais que atitudes, é um estilo de vida de absoluta rendição da nossa vontade à vontade do Senhor.


Quebrantar significa: despedaçar a vontade própria. É a demissão irrevogável do ego, do EU. De fato é a nossa resposta de aceitação do caráter de Cristo.


Jesus no Getsêmani, na oração de entrega disse:

“Pai se possível passa de mim este cálice, mas seja feita a tua vontade, não a minha".

Na humilhação, no quebrantamento seremos sempre, imitadores de Cristo. Porque nessa dimensão espiritual renunciamos nossas próprias luzes, todo nosso querer e qualquer desejo de cumprir nossas próprias exigências. Começamos, então à viver pelo seu Espírito. “Aquele que se une ao Senhor é um Espírito com Ele” (1 Co 6.17).


O quebrantamento despedaça o cristão de tudo aquilo que o absolve em si mesmo, isto é, daquela fixação em sua própria vontade que o faz ignorar e rebelar-se contra a vontade do Senhor.

2. Quebrantamento é Fazer o que é Agradável a Deus.


A rendição é a aceitação plena da ação oculta de Deus no coração, conformando-o a realidade da mente de Cristo.

“Aquele que me enviou está comigo e não me deixa só, porque eu faço sempre aquilo que lhe é agradável” (Jo 8.29).


O quebrantamento no coração não é apenas um estado psicológico, como uma espécie de apaziguamento da alma. É a condição transformada pelo Espírito Santo e pela Palavra. Não só age e pensa num nível de submissão e dependência, mas é ela uma nova criatura.

“Quem está em Cristo, nova criatura é...” (2 Co 5.17).


O cristão quebrantado vive a vocação do verdadeiro chamado. Adota permanentemente a busca de Deus. Anseia pela face do Senhor. E isto ocorre quando todo o orgulho íntimo já foi crucificado na cruz da verdade.


3. Quebrantamento Trás Liberdade.

Precisamos vigiar a vontade obstinada de Eu de ser alguém. Uma posição ministerial local, na empresa onde trabalhamos, na profissão onde somos reconhecidos, na repartição onde temos comando. Por que isso pode facilmente aguçar a altivez e aquela ilusão de grandeza que aclipsa o amor de Deus e o frescor da sua Presença. Quando Deus é relegado a segundo plano é substituído pelas bugigangas terrenas perdemos a Pérola de grande valor.


Segundo o paradigma de mundo ter sucesso é ser apreciado e aprovado pelas pessoas. Falhar significa ser rejeitado. Mas não percebemos que esta obcessão é uma fantasia de nosso Eu tentando ser um deus e negando a soberania do Senhor.


A crucificação do nosso EU põe por terra toda idolatria de nós mesmos. Coloca a pessoa no seu verdadeiro lugar e devolve-lhe a liberdade. Isto porque a esta altura a pessoa já desistiu da luta inútil de ser um “deus”.

Agora, não mais fala, faz e age em seu próprio nome, mas em nome de Jesus Cristo.

“Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que vivo agora vivo-a na fé do Filho de Deus” (...) (Gl 2.20).

E quando as trevas da nossa auto-idolatria se dissipam, então se cumprem a palavra do apóstolo:

“Deus que disse; do seio das trevas brilhe a luz, foi quem fez brilhar sua luz em nossos corações, para que façamos brilhar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo Jesus” (2 Co 4.6).


4. O quebrantamento produz alegria.


O Autor americano, Brennam Manning, sabiamente diz:

“Verdadeira alegria e espiritualidade não é um compartimento ou uma esfera da vida. Antes, é um estilo de vida, uma forma de viver. A santidade reside em descobrir a presença do Senhor, em mover-se em sua direção e viver a partir Dele”.


Todo coração altivo, soberbo, é cheio de ansiedades, temores, conflitos, invejas, ódios, apegos, medos e contradições. Exatamente porque o coração soberbo acha que pode realizar tudo o que deseja.

Tenta ser onipotente, e esta ilusão de que é um “deus” e de que tudo tem que orbitar à sua volta, lhe causa frustração, pois está tentando usurpar uma semelhança com Deus que não lhe pertence.

Este desejo é sublimado de várias maneiras. Uns são pais ou mães tirânicos, um patrão sádico e autoritário, outros controlando as pessoas ao seu redor, julgando o próximo e dando-lhe sentenças.

Porém os que alcançaram a vida quebrantada estão salvos de toda obsessão e necessidade de servir a sua própria vontade. E aí não estando mais obrigado a satisfazer em primeiro lugar seus desejos e paixões, descobrem que todas as coisas lhe causam felicidade e alegria.

Seu desejo passa a ser a união com o Senhor. Sua paixão é experimentar a presença de Deus.

Esta busca nos leva a encontrar aquilo que Jesus prometeu:

“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

Davi optou por viver pertinho do Senhor. No Salmo 16.2, ele diz:

“Não possuo nenhum bem além de ti, mas a ti somente”.

Sua riqueza era o Senhor, e apesar de possuir muitos bens e propriedades, relativiza todas as coisas em comparação com o grande bem que era a presença de Deus em sua vida.

Por isso afirmou no mesmo Salmo no verso 11:

“Na tua presença, há fartura de alegria e delícias para sempre”.


Sobre a alegria cristã, afirma Gary Thomas:

A vida quebrantada, humilde é uma vida na qual a profunda alegria e apreciação tornam-se ocorrências diárias, porque a fonte dessa alegria não se restringe unicamente à nossa fortuna pessoal.


5. Quebrantamento Produz Desapego.


O desapego é a certeza que não precisamos mais buscar segurança, abrigo e significado nas pessoas, coisas, poder, dinheiro, e estabilidade.

A pessoa não é mais seduzida pelos apelos do mundo. Descobre que aquilo que é valioso é dado pelo Senhor.

“Agrada-te do Senhor e ele satisfará o desejo do teu coração” (Sl 37.4).


Numa visita a casa do irmão Zezinho, ele convidou-me a entrar e sentar-me na esteira sobre o chão batido, ou numa cadeira sem encosto que estava na humilde sala. Porém, o que mais chamou a minha atenção foi o fato de aquele servo de Deus não se justificar. Ele não se explicou pedindo que o desculpasse por não oferecer, ao “ilustre” visitante, aposentos mais confortáveis.


A pessoa quebrantada, já abandonou decisivamente todo apego a estas coisas. A razão é que o espírito rendido, quebrantado abdicou da ilusão de querer impressionar os outros. Quando lhe pedi um copo d’água, irmão Zezinho não pediu desculpas por a água não estar gelada. Simplesmente me entregou o copo com alegria. A atitude natural de qualquer pessoa seria dizer: “Perdão, não tenho geladeira, por isso só tenho água natural da cisterna”.

No desapego podemos apreciar o sucesso dos outros sem sentir-nos diminuídos. Ver alguém ser promovido sem sentir inveja.

A pessoa quebrantada deseja o bem dos outros. Quando avisaram a João Batista que os discípulos de Jesus estavam batizando mais gente que os seus, ele alegremente respondeu:

“Eu quero que ele cresça, e eu diminua”.

Nós somos propensos a nos enganar a respeito das atrações de determinadas carreiras, profissões, postos, cargos, porque muito de seus aspectos são omitidos.

Só recebemos o lado bom, as virtudes que resplandecem, as quais seriam impossíveis não admirar, mas não conhecemos o processo, o custo, o sacrifício para alcançar e manter.

  • Antonio Siqueira
  • Pastor na Igreja de Joinville
  • Psicólogo

Sobre Pastor Ival Teodoro da Silva

Presidente da AD em São José dos Pinhais e da Convenção das AD no Paraná, Psicopedagogo, Teólogo, Conferencista Internacional é casado com a Prof.ª Aparecida Alves da Silva.

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