A maioria dos medos desenvolvidos é aprendida com pais, amigos, parentes ou através das programações televisivas.
O medo pode surgir perante uma situação real ou imaginária. É comum crianças entre 5 á 6 anos apresentarem medo de morrer, de monstros, de escuro, etc.
Há entre as crianças uma fraca tendência em adotar os medos de seus pais particularmente de cães, insetos, trovões e vários outros, por identificação ou por ver os pais manifestando este tipo de medo.
Vale lembrar que é a postura dos pais ou de quem convive com a criança, que vai acentuar ou diminuir o medo que ela apresenta.
É comum ter crianças com problemas de atenção e concentração nas escolas, a instituição escolar é como se fosse uma pequena sociedade dotada de todas às variações possíveis. Sua dispersão pode ser causada por fatores interno ou externo, varia muito e está vinculada à situação que envolve a criança, podendo ser de ordem física, emocional ou ambiental.
No ano passado tinha um aluno em nossa escola que morria de medo do recreio, nos primeiros dias de aula ele passava o recreio todo de mãos dadas comigo, chegava em casa e dizia a mãe que um menino grande havia batido nele. No dia seguinte a mãe estava lá para saber o que ocorreu conversando com ela e esclarecendo a situação é que fomos descobrir o porquê do medo, ela assediava a fantasia do menino.
Para desfazer esta fantasia não foi fácil, os alunos da primeira e segunda série achavam que realmente ela aparecia no banheiro.
O ideal é que os pais criem um mecanismo de uso da TV, ela contribui e muito no desenvolvimento do medo e fobias.
Certa dose de medo é funcional, contribui como um mecanismo de defesa ajuda a preservar a integridade física e psicológica da criança.
Uma vez detectando que a criança evidencia o medo, é necessário que os pais tomem algumas providencias, objetivando ajudá-la a vencer das seguintes formas:
Ter cuidado no sentido de não menos prezar a emoção da criança dizendo: “isso não é nada, logo vai passar”;
- Se o medo está relacionado ao escuro, procure explorar o ambiente, mostrando a mesma que nem sempre o escuro e perigoso;
- Se o medo é de animal, inseto, trovões, relâmpagos, chuvas fortes e etc., procurem tranqüilizá-la fazendo alguns questionamentos, tais como: todo animal é perigos? Toda tempestade causam danos? Porque existe tempestade? É necessário orientar a criança quanto aos cuidados que se deve ter em relação ao medo decorrente. Convém lembrar que não costumamos ter medo do que conhecemos.
Ao impor limite a criança, evite por medo usando as velhas frases: a polícia vai te pegar, o velho do saco vem aí, o médico vai te dar uma injeção etc. existe várias maneiras de se educar, não é necessário utilizar-se de meios amedrontadores.
Os pais devem proporcionar segurança e confiança através do diálogo dando abertura aos mesmos, objetivando oportunidade, no sentido de que eles expressem suas angustias e preocupações.
As cantigas de ninar são hereditárias, muitas mães cantam porque suas mães cantavam. Elas expressam as crendices populares.
Acredita-se que os pais vinculavam às lendas as cantigas como meio de fazê-las adormecerem de forma mais rápida. Enquanto a criança não sabe quem é o Boi da cara preta, quem é a Cuca ou o Bicho papão elas não sentem medo e chegam a adormecer ao embalo destas cantigas.
Não e aconselhável os cristãos cantarem este tipo de canções, elas expressam seres sombrios e ameaçadores. Mesmo que seu bebê não saiba o que você esta cantando evite-as, elas determinam ações pavorosas. Seja uma mãe sábia.
Professora Raquel Alves da Silva Almeida
Psicopedagoga
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